Fernando Collor: quem é, trajetória política e prisão em 2025

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Fernando Collor de Mello é um dos nomes mais conhecidos da política brasileira — e também um dos mais controversos. De presidente da República a senador, ele passou por cargos importantes, enfrentou denúncias de corrupção, sofreu impeachment e, mais recentemente, foi condenado e preso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Neste post, você vai entender quem é Fernando Collor, como foi sua carreira política, os principais acontecimentos do seu governo e o desfecho mais recente: sua prisão, em abril de 2025.


Início de carreira e ascensão política

Fernando Affonso Collor de Mello nasceu no Rio de Janeiro, em 1949, mas fez sua trajetória política principalmente em Alagoas, onde sua família sempre teve grande influência. Filho de Arnon de Mello, ex-governador e senador, Collor começou na vida pública como prefeito de Maceió em 1979, foi deputado federal em 1982 e governador de Alagoas em 1986.

Foi durante o governo estadual que ganhou notoriedade nacional, adotando um discurso de combate ao que chamava de “marajás” — funcionários públicos com altos salários. Esse posicionamento, impulsionado pela mídia, o transformou em um nome forte para a eleição presidencial que se aproximava.


Primeira eleição direta após a ditadura

Em 1989, Collor foi eleito presidente do Brasil, tornando-se o primeiro eleito por voto direto após o Regime Militar. Aos 40 anos, foi também o presidente mais jovem da história do país até hoje. Venceu Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, com uma campanha baseada na promessa de modernizar a economia e combater a corrupção.


Governo marcado por polêmicas: Plano Collor e denúncias

No início do mandato, Collor lançou o chamado Plano Collor, que congelou a poupança da população com o objetivo de conter a inflação. A medida causou forte impacto econômico e social. Apesar de ter apoio inicial, o plano acabou agravando a recessão, aumentando o desemprego e provocando insatisfação generalizada.

Ao mesmo tempo, começaram a surgir denúncias de corrupção envolvendo seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, e pessoas próximas ao presidente. As acusações foram reforçadas por seu próprio irmão, Pedro Collor, que trouxe à tona os bastidores do governo.


Impeachment e renúncia

Com as denúncias ganhando força, foi aberto um processo de impeachment no Congresso Nacional. Antes da conclusão do julgamento no Senado, Collor renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992. Mesmo assim, os senadores votaram pela perda de seus direitos políticos por oito anos.

Collor foi sucedido pelo vice-presidente Itamar Franco. O episódio marcou a história política do país como o primeiro impeachment de um presidente eleito diretamente pelo povo.


Retorno à política e nova condenação

Depois de cumprir o período de inelegibilidade, Fernando Collor voltou à cena política. Foi eleito senador por Alagoas em 2006, cargo que ocupou até 2023. No Senado, teve uma atuação mais discreta, mas chegou a presidir a Comissão de Relações Exteriores entre 2017 e 2019.

Em 2022, disputou o governo de Alagoas, mas ficou em terceiro lugar. Pouco tempo depois, os problemas com a Justiça voltaram à tona.


Condenação no STF e prisão em 2025

Em maio de 2023, Fernando Collor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 10 meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As acusações estavam relacionadas ao período em que exerceu o mandato de senador.

Após os trâmites judiciais, no dia 24 de abril de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata de Collor para cumprimento da pena. Ele foi preso na madrugada do dia seguinte, 25 de abril de 2025, por volta das 4h da manhã.

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A prisão foi amplamente noticiada e representa o encerramento de mais um capítulo da longa e turbulenta trajetória política de Collor.


Família e vida pessoal

Fernando Collor é de uma família tradicional da política brasileira. Seu avô, Lindolfo Collor, foi ministro do Trabalho no governo Vargas. O pai, Arnon de Mello, foi senador por décadas. É também primo do ex-ministro do STF Marco Aurélio de Mello e da economista Zélia Cardoso de Mello, que foi ministra da Fazenda durante seu governo.

Collor foi casado três vezes e tem cinco filhos. Parte da vida pessoal dele também foi assunto frequente na mídia, especialmente durante sua passagem pela Presidência.


Resumo da trajetória

A história de Fernando Collor é marcada por altos e baixos. Foi protagonista de momentos decisivos para a política brasileira, como a primeira eleição direta após a ditadura e o primeiro impeachment presidencial do país.

Sua trajetória, no entanto, também esteve envolta em escândalos e acusações que culminaram em sua condenação e prisão. Mais do que uma biografia política, o caso de Collor levanta reflexões importantes sobre ética pública, responsabilidade e as consequências dos atos no exercício do poder.

  • Prefeito de Maceió (1979–1982)

  • Deputado Federal (1982–1986)

  • Governador de Alagoas (1987–1989)

  • Presidente da República (1990–1992)

  • Impeachment e renúncia em 1992

  • Senador por Alagoas (2007–2023)

  • Condenado pelo STF (2023)

  • Preso em abril de 2025