
Mas uma notícia recente trouxe alívio e esperança para quem está nessa espera. O governo federal anunciou um reforço de peritos médicos no INSS, com a convocação de 250 novos profissionais para atuar nas agências espalhadas pelo país. A medida vem como resposta ao cenário crítico de acúmulo de demandas e promete dar fôlego ao sistema, garantindo mais agilidade e justiça nos atendimentos.
Reforço de peritos médicos no INSS
Logo no início de 2025, dados apontavam que mais de 1 milhão de brasileiros aguardavam análise de benefícios no INSS. Desse total, uma grande parcela dependia de perícia médica presencial, exigida para casos de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e benefício de prestação continuada (BPC) por incapacidade.
A palavra-chave que abre o segundo parágrafo — reforço de peritos médicos no INSS — ganha destaque não por acaso: ela representa não só uma ação técnica, mas uma tentativa concreta de reconstruir a confiança de quem depende do sistema. A presença de mais peritos nas agências pode significar, na prática, a volta da estabilidade financeira de uma família, o acesso a medicamentos ou até mesmo o retorno da dignidade.
Ainda sem solução definitiva
A crise nas perícias médicas não é novidade. Há anos o número de profissionais disponíveis não acompanha a crescente demanda da população. A carência é especialmente grave em regiões do Norte e Nordeste, onde cidades pequenas chegam a esperar meses por um agendamento. Em muitos casos, a perícia sequer ocorre presencialmente — obrigando o cidadão a se deslocar para outras cidades ou até mesmo estados.
Segundo o Ministério da Previdência, a convocação dos novos peritos foi possível graças a um chamamento de aprovados em concurso anterior, reforçando o quadro sem a necessidade de novo certame. A escolha por utilizar esse banco de talentos mostra uma preocupação com a celeridade e com o uso racional de recursos públicos.
Impactos diretos na redução da fila do INSS
A principal expectativa com a entrada dos novos profissionais é reduzir a fila do INSS relacionada a benefícios por incapacidade. Hoje, em muitos casos, os pedidos são indeferidos automaticamente pela falta de avaliação técnica. Ou, ainda pior: ficam meses parados, gerando insegurança e desespero.
Com mais peritos, o governo espera:
Diminuir o tempo médio de espera por perícia;
Ampliar a cobertura em municípios com baixa presença de profissionais;
Retomar a análise de benefícios represados;
Realizar mutirões presenciais em áreas críticas.
A expectativa é de que até o final do segundo semestre de 2025, o número de pessoas aguardando perícia médica seja reduzido em até 40%, segundo estimativas preliminares.
Combate a fraudes também é prioridade
Além de acelerar o atendimento, o reforço de peritos também tem outro papel estratégico: fortalecer o combate a fraudes no INSS. A ausência de perícias presenciais ou a realização de exames por profissionais sobrecarregados acaba facilitando falhas e brechas no sistema.
Com mais médicos capacitados, será possível realizar um trabalho mais técnico e criterioso, protegendo os cofres públicos e garantindo que os recursos sejam direcionados a quem realmente precisa.
O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), que também participa da coordenação do processo, reforçou a importância de unir tecnologia e força humana para modernizar o INSS. Mas sem o fator humano, os sistemas automatizados não dão conta da complexidade dos casos — especialmente quando se trata da saúde das pessoas.
Onde os novos peritos irão atuar?
A distribuição dos profissionais leva em conta um levantamento das agências com maior demanda reprimida e carência de peritos. Regiões como o Norte de Minas Gerais, interior da Bahia, sertão do Piauí, interior do Amazonas e regiões periféricas de capitais como São Paulo, Recife e Porto Alegre devem receber reforços imediatos.
Também estão previstas ações itinerantes, onde equipes de peritos viajam para municípios sem cobertura, realizando atendimentos em regime de mutirão, geralmente em parceria com as prefeituras locais.
Como isso impacta a vida de quem espera por benefícios?
Imagine a situação de uma mãe solo, afastada do trabalho por uma hérnia de disco severa, sem conseguir levantar peso e dependendo do auxílio-doença para sustentar dois filhos. Ou de um trabalhador rural, diagnosticado com um problema neurológico, que aguarda há seis meses por uma perícia para conseguir o BPC.
Essas histórias estão em todo o Brasil. E o que elas têm em comum é a espera desumana por uma avaliação que poderia ser resolvida em poucas semanas, se o sistema estivesse estruturado.
A entrada de novos peritos médicos pode mudar o rumo dessas histórias. E não apenas individualmente: isso impacta diretamente a economia local, já que cada benefício concedido circula no comércio, na farmácia, na feira, na vida das comunidades.
Perícia médica e dignidade social andam juntas
É importante entender que a perícia médica não é um obstáculo, mas uma etapa fundamental para garantir justiça e equilíbrio nos gastos públicos. O problema começa quando esse processo deixa de funcionar com agilidade, criando um vácuo de cidadania para quem depende dele.
Por isso, o reforço anunciado não deve ser visto apenas como um ato administrativo. Ele representa uma política pública de reparação, um passo rumo a um Estado mais presente, especialmente para os mais vulneráveis.
Quais são os próximos passos para os novos peritos?
Os 250 profissionais convocados passarão por uma integração técnica, treinamento atualizado sobre os sistemas do INSS e diretrizes para o novo modelo de perícias. Após isso, já iniciam os atendimentos com foco nas unidades mais críticas.
Há expectativa também de que novos editais sejam abertos até o fim do ano, permitindo a entrada de mais profissionais para compor o quadro permanente do instituto. O governo estuda ainda parcerias com médicos da rede pública para ampliar a cobertura em municípios distantes.
Como o cidadão pode acompanhar o andamento da sua perícia?
Para quem já deu entrada no pedido de benefício, é possível acompanhar o status da solicitação por meio dos canais oficiais:
Site ou app Meu INSS (https://meu.inss.gov.br)
Central 135, com atendimento de segunda a sábado, das 7h às 22h
Agências físicas, mediante agendamento
Caso o pedido esteja parado há mais de 45 dias sem movimentação, o cidadão pode abrir uma reclamação na ouvidoria do INSS ou recorrer à Defensoria Pública para garantir o andamento do processo.
Mais do que números: o reforço de peritos médicos no INSS é sobre pessoas
Quando falamos de 250 novos peritos, falamos também de milhares de vidas que serão diretamente afetadas. O impacto não é só nos dados do governo, mas no dia a dia de quem precisa colocar comida na mesa, comprar remédios ou garantir o sustento da família enquanto não pode trabalhar.
Esse movimento, por menor que pareça, é um passo importante para reconstruir a relação entre o Estado e seus cidadãos. E mostra que, sim, é possível encontrar soluções concretas para problemas que parecem crônicos.

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